Dr. Rui Ribeiro Franco
O Setor homenageia e se despede do Dr. Rui Ribeiro Franco
Confira as mensagens de carinho e homenagens ao Prof. Dr. Rui Ribeiro Franco,
“o pai da Gemologia brasileira”
Tobias Dryzun, Dr. Rui Ribeiro Franco e Ricardo Lerner na inauguração
do Laboratório Gemológico Dr. Rui Ribeiro Franco do SINDIJÓIAS-SP
Queridos Amigos e Associados,
Mais uma notícia triste que não pode ser passada em branco: O falecimento aos 91 anos do Prof. Rui Ribeiro Franco – considerado o pai da Gemologia Brasileira, no último dia 20 de fevereiro de 2008 . Em decorrência, alguns textos bastante significativos chegaram em nossas mãos: de Willian Vieira, da Folha de São Paulo, encaminhado por um grande amigo, o geólogo prof. Jurgen Snellrath; e diretamente pelo próprio autor, um outro geólogo amigo, Pércio Moraes Branco. Pela imensa contribuição e valor que o professor Rui deu ao desenvolvimento da Gemologia, numa época em que não figurava ainda o estudo das pedras preciosas neste país, a ABGA – Associação Brasileira dos Gemólogos e Avaliadores de Gemas e Jóias presta sua última homenagem e agradecimento publicando seu percurso e algumas resenhas sobre este ilustre e importantíssimo mestre nascido nos idos de 1916, que podem nos dar uma dimensão mais próxima de sua trajetória acadêmico-profissional e o que ele significou para a História da Gemologia no Brasil.
Títulos
Bacharel (História natural) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, FFCL/USP – 1940.
Doutor (Ciências) – USP – 1944.
Livre-docente (Mineralogia e Petrologia) – USP – 1952.
Professor catedrático (Petrologia) – USP – 1958.
Histórico
Rui Ribeiro Franco foi membro associado em 1953 e promovido a membro titular em 1962 na Academia Brasileira de Ciências – ABC. Pertence também à Associação Brasileira de Gemologia, à Sociedade Brasileira de Gemologia, à Sociedade Brasileira de Geologia e à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. Orientou muitas teses de doutoramento, organizou cursos e presidiu bancas de concursos e exames para o magistério. Sua produção científica, que compreende 4 livros sobre minerais do Brasil, pedras preciosas, petrologia e noções de mineralogia e geologia, é acrescida de cerca de 50 trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais e mais a tradução de 5 livros de sua área de especialização. Suas pesquisas de campo foram realizadas do Rio Grande do Sul ao Picuí, na Paraíba. Foi correspondente da revista Mining World, de San Francisco, California, EUA no período de 1947 a 1958 e editor da revista Gemologia de São Paulo, desde 1955 até recentemente.
Prêmios-Condecorações
Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico – Presidente da República do Brasil – Jun/1995
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico – Presidente da República do Brasil – Jul/2000
Medalhas
Medalha Carneiro Fellipe – Comissão Nacional de Energia Nuclear – 1996
Prêmios
Prêmio “Antonio e Helena Zerrener” – 1938
Prêmio (Medalha de Ouro e Diploma) “José Bonifácio de Andrada e Silva” – Sociedade Brasileira de Geologia – 1971
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DR. RUI RIBEIRO FRANCO, AS AULAS E AS GEMAS
Na Al. Glete, 463, centro de São Paulo, há uma figueira frondosa onde, até os anos 1970, havia um palacete que abrigava o curso de geologia da USP. O palacete foi demolido, e o curso, transferido. Mas a árvore continua lá, viva como a memória dos alunos deRui Ribeiro Franco. Nascido em São José do Rio Pardo, foi para a capital estudar ciências naturais na USP. A ascensão foi rápida. Em 1952 era livre-docente em mineralogia e, em 1958, catedrático em petrologia. Tanto que recebeu do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, onde estava desde 1968, o convite para estruturar o curso de pós-graduação em tecnologia nuclear, em 1976, no auge da discussão sobre as usinas nucleares brasileiras. Foi diretor do Ipen e presidente da Sociedade Brasileira de Geologia e da Associação Brasileira de Gemologia e Mineralogia. “Sua paixão na vida eram as gemas” de pedras coletadas do Rio Grande do Sul à Paraíba. Cada um dos três filhos, quatro netos e dois bisnetos ouviram-no, em alguma idade, falar por horas sobre as gemas que guardava nas gavetas de casa. Era seu tema preferido, até nos quatro livros didáticos que escreveu e nos cinco que traduziu. Morreu no dia 20, aos 91 anos, de causas naturais. Mas ficará na memória dos ex-alunos da USP como “pesquisador incansável”, especialmente sob a figueira da Al. Glete, “em cuja sombra todos os gletianos conversavam”, ladeando o Brucutu, personagem dos quadrinhos que é símbolo dos estudantes de geologia da USP.
(texto de Willian Vieira, Folha de São Paulo, 26/02/08)__________________________________________________________________________________
RUI RIBEIRO FRANCO – Um Mestre Que Vai
Faleceu dia 20 de fevereiro, aos 91 anos, o professor Rui Ribeiro Franco, considerado o Pai da Gemologia Brasileira. Foi no seu pequeno mas precioso livro As Pedras Preciosas que comecei a conhecer os fundamentos científicos da Gemologia. Em 1978, esse conhecimento deu um grande salto quando com ele fiz meu primeiro curso nesta área, no Rio de Janeiro.
A crescente admiração por seu trabalho me fez convidá-lo, no mesmo ano, a prefaciar a primeira edição do meu Dicionário de Mineralogia, o que ele fez, pareceu-me, com alguma desconfiança, afinal eu era um ilustre desconhecido.
Vi que a desconfiança desaparecera em 1982 quando, no Congresso Brasileiro de Geologia, ele me sugeriu fazer trabalho semelhante para as gemas. Achei a idéia boa, mas demorei um pouco a abraçar a tarefa, que resultou no Glossário Gemológico, em 1984. Desde então, infelizmente, foram raros os contatos com ele.
Alguns anos atrás. sugeri a alguns colegas gemólogos que se procurasse algum deputado federal conhecido para que ele apresentasse projeto de lei criando o Dia do Gemólogo, a ser comemorado na data de nascimento do prof. Rui. Seria uma homenagem ao grande mestre e pioneiro, a ser prestada enquanto ele ainda estava entre nós. Eu não conhecia nenhum deputado a quem pudesse encaminhar a proposta e a homenagem não se concretizou. Agora, porém, já existe um movimento para perpetuar sua memória dessa maneira.
Uma triste ironia do destino me fez sugerir também, apenas um dia antes de saber do seu falecimento, uma entrevista com ele no Portal das Jóias,.
Rui Ribeiro Franco nasceu em São José do Rio Pardo (SP) e diplomou-se em Ciências Naturais na USP. Em 1952, era livre-docente em Mineralogia e, em 1958, catedrático em Petrologia. Foi diretor do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, presidente da Sociedade Brasileira de Geologia e da Associação Brasileira de Gemologia e Mineralogia.
Publicou quatro livros e traduziu outros cinco, entre eles o excelente Gemas do Mundo, de Walter Schumann, um sucesso editorial no Brasil e em muitos outros países. Deixa três filhos, quatro netos e dois bisnetos. Esperamos que neles tenha ficado pelo menos um pouco da imensa paixão que ele tinha pelas gemas.
(Pércio de Moraes Branco, geólogo)
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À Sociedade Brasileira de Geologia
À Sociedade Brasileira de Gemologia e Mineralogia
Ao IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Ao Laboratório Gemológico Prof. Rui Ribeiro Fanco
A ABGA – Associação Brasileira dos Gemólogos e Avaliadores de Gemas e Jóias lamenta a inestimável perda no último dia 20 de fevereiro de 2008 do grande precursor e pesquisador brasileiro nos campos de Geologia e Gemologia, Prof. Rui Ribeiro Franco que tanto contribuiu para o desenvolvimento e expansão de ambas essas áreas em nosso país.
E reitera, com extremo pesar, nossas sinceras condolências em caráter pessoal, primeiramente em nome do Presidente desta entidade, Prof. Walter Leite e de nosso Diretor Executivo, Prof. André Leite – seus ex-alunos e grandes admiradores – além de todos os gemólogos associados, designers de jóias, estudiosos, alunos e demais admiradores do magnífico mundo das pedras preciosas naturais.
Atenciosamente,
Walter M. Leite
Presidente ABGA
André C. Leite
Presidente ADesign/Diretor Executivo ABGA
Cynthia A. Leite
Coord.Com & Mkt ADesign/ABGA
ABGA e ADesign
Membros Associados
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Faleceu na semana passada, aos 91 anos, um dos mais importantes professores gemólogos do Brasil: Dr.Rui Ribeiro Franco.
Em homenagem a Dr. Rui Ribeiro Franco, o Laboratório Gemológico do SINDIJÓIAS – Sindicato da Indústria de Joalheria, Bijuteria e Ourivesaria de SP, recebeu ilustremente seu nome. Inaugurado em 1993, o Laboratório localiza-se na sede do SINDIJÓIAS e do IBGM em São Paulo. Profissionais e empresas do setor joalheiro contam com apoio técnico do Laboratório Gemológico, onde o compromisso é a excelência nos serviços oferecidos.
É com pesar que o SINDIJÓIAS e o IBGM se despedem e deixam suas condolências a amigos e familiares.
Dr. Rui foi Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, ex-Presidente da Associação Brasileira de Gemologia e Mineralogia e da Sociedade Brasileira de Geologia. Professor da Universidade de São Paulo orientou teses de doutoramento, organizou cursos e presidiu bancas de concursos e exames para o magistério.
Dr. Rui possui uma produção científica que compreende 4 livros sobre minerais do Brasil, pedras preciosas, petrologia e noções de mineralogia e geologia; é acrescida de cerca de 50 trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais e mais a tradução de 5 livros de sua área de especialização como, por exemplo, Gemas do Mundo. Suas pesquisas de campo foram realizadas do Rio Grande do Sul ao Piauí, na Paraíba. Foi correspondente da revista Mining World, de San Francisco, Califórnia, EUA no período de 1947 a 1958 e editor da revista Gemologia de São Paulo, desde 1955 até recentemente.
Homenagem do IBGM e SINDIJOIAS.